Me devora, agora.
Destrinchando minha poesia —Sobre a urgência, a dúvida e o prazer de não caber.
⚠️ Antes de tudo: compartilha.
Este texto é pra quem vive no limite. Pra quem não cabe. Pra quem sente demais, deseja demais, explode demais — e às vezes nem sabe exatamente o que fazer com tudo isso.
Manda pra alguém que também vive na urgência de existir, no desconforto de ser pedaço, na vontade louca de se dissolver no outro.
“Me devora, agora. Mata-meeeee. Agora.”
— Matheus Hering De Toni
É assim que começa.
Não como quem pede.
Mas como quem implora.
Quem exige.
Porque há desejos que não cabem em silêncio.
Há vontades que não sabem esperar.
Existe em mim — e talvez em você também — uma urgência que não cabe mais nas entrelinhas, nas pausas, nos espaços de respiro.
É a urgência de quem entendeu que ser inteiro é mentira.
Que viver é, na maior parte do tempo, não caber.
Nem no corpo.
Nem no outro.
Nem na própria vida.
“Sou nada, sou névoa, sou nuvem.
Eco do meu eco — susurra pra mim.”
— Matheus Hering De Toni
Quem nunca se sentiu assim?
Difuso.
Desfeito.
Sem saber se é carne, desejo, voz ou ausência.
Se é alguém — ou se é só o eco do que tentou ser um dia.
“Estou ficando em pedaços.
Sou copo.
E me jogaram no chão.
Meus cacos espalhados —
Em cada canto da cozinha.
E não quero que me juntem.”
— Matheus Hering De Toni
Aqui não tem espaço pra remendo.
Aqui não tem espaço pra cura, pra reparo, pra salvação.
Porque talvez nunca tenha sido sobre ser inteiro
mas sim sobre aceitar o colapso como forma legítima de existência.
“Me deixa livre.
Não caibo em forma.
Nem em ser.
Nem em nada.”
— Matheus Hering De Toni
Esse poema não fala de amor.
Ou talvez fale
se amor for esse desejo bruto que te quebra, te desmonta, te faz querer ser posse e ser pertencimento, tudo ao mesmo tempo.
“Mas aaaaa…
Tu me quebra.
E me desmonta.
E me desmantura.”
— Matheus Hering De Toni
Aqui o desejo é vertigem.
É fome.
É vício.
É quem te tira da monotonia, do cotidiano, do vazio comum —
e te arrasta pro abismo de tudo que é sentir demais.
“Me tira dessa monotonia.
Me carrega.
Me rega.
Me regaaaaa!
Me salva desse vazio comum.”
— Matheus Hering De Toni
Só que no meio de tudo isso, existe a dúvida.
Será que depois de ser devorado, sobra alguma coisa?
Será que depois de se entregar inteiro, é possível se reconstruir?
Ou será que a gente só se dissolve — e fim?
“E não paro.
Não paro.
Não paro até te ter.”
— Matheus Hering De Toni
Se você lê isso e sente que, de algum modo, também vive nesse limite —
entre se encontrar e se perder,
entre ser inteiro e ser caco —
então você me entende.
E se você me entende, te pergunto:
Você também sente essa urgência absurda de não caber?
Se sim, essa newsletter é teu lugar.
Aqui, a gente não finge que tá tudo bem.
Aqui, a gente não busca cura —
busca intensidade.
Busca sentido.
Ou talvez só busca alguém que também não caiba.
👉 Se inscreve.
👉 Apoia.
👉 Vem fazer parte desse colapso consciente.



Se quebrou , está em cacos , pode com força se juntar .
Pode não ser tão perfeito como antes .
Mas quem de nós não tem uma fresta uma rachadura ?
O perfeito não existe
Pode emendar , fazer caber , perfeito nunca será .