Enquanto dói.

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Enquanto dói.
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O buraco é mais fundo — e talvez nem tenha fundo algum.

O buraco é mais fundo — e talvez nem tenha fundo algum.

O abismo não é o fim — às vezes é onde o ser começa.

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Matheus De Toni
jun 03, 2025
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Enquanto dói.
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O buraco é mais fundo — e talvez nem tenha fundo algum.
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É preciso ter asas quando se ama o abismo"

Vivemos cercados por respostas.
Respostas prontas, automáticas, motivacionais.
"Vai passar."
"Levanta a cabeça."
"Pensa positivo."

Mas e se não passar?
E se não for pra levantar agora?
E se o que dói precisa do direito de doer inteiro, até o fim — se é que há fim?

Vivemos apressados até pra sofrer. Como se o sofrimento fosse um erro de percurso, e não parte inevitável do mapa. Mas há dores que não têm atalhos. Há abismos que não querem ser pulados — querem ser vividos.

Albert Camus escreveu sobre o absurdo da vida e a inutilidade de tentar costurar sentido onde só há silêncio. Mas mesmo ele, mesmo em meio à lucidez seca do absurdo, dizia que o importante era isso: viver sem apelo. Ou seja, viver sem fugir para ilusões reconfortantes. Encostar na dor sem precisar explicá-la. Carregá-la sem tentar corrigi-la.

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